quinta-feira, 10 de março de 2016

#1 Ensaios poéticos

Papa Metralha


Protestos embevecidos
Buzinas reverberam na avenida
O vento das árvores ao desgrenhar galhos
Frutos da própria carne ao doar

O cão indigna-se e rosna em ato de desacordo
Late como quem clama sossego
E quem não?
Paz de espírito citadina é utopia omissa
Adaptada, sentida. Doída

Crueldade cânone nos tornam nocivos
Polifônicos, agonizantes
Reflexões múltiplas do audível

Excrementos ressonantes
Nós, hedonísticos, ambulantes,
por conseguinte, papas metralha.

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